Tal postura foi expressa pelo comandante Pastor Alape, da delegação das insurgentes Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no momento dos diálogos de paz travados desde 2012 com o governo do presidente Juan Manuel Santos.

“Aspiramos dar boas notícias à Colômbia e ao mundo, sobre o tema das vítimas e da Comissão para o Esclarecimento da Verdade, Convivência e não Repetição se a contraparte mostrar a mesma determinação-, para especificar o texto de um novo acordo”, afirmou o porta-voz guerrilheiro.

Ele ainda manifestou a disposição das Farc de refrear o conflito, que se intensificou depois do fim da trégua unilateral de cinco meses adotada por essa guerrilha como gesto de boa vontade para com o processo de paz.

Sobre este assunto, Alape recordou que o fim do cessar fogo não foi responsabilidade das Farc, mas se deveu à postura hostil e conflitiva do governo, representada pelo ministro da Defesa anterior, Juan Carlos Pinzón.

“Não nos estranha então que hoje nos encontremos em um ponto de recrudescimento do confronto por decisão de uma contraparte que, frente ao nosso gesto de paz, amplificou seu grito de guerra”, denunciou o porta-voz guerrilheiro.

“Estamos onde o governo quis nos colocar, sabendo das consequências: nesta guerra assimétrica e absurda, certamente, não nos deixaríamos matar”, acrescentou.

Não obstante, Alape reiterou o insistente pedido da guerrilha nestes diálogos de um "cessar fogo bilateral, que é vida para o processo de paz, e que não pode seguir sendo represado com argumentos inconsistentes".