Lavrov disse em conferência de imprensa conjunta com sua par venezuelana, Delcy Rodríguez, que esta visita, a quarta em um ano, significou um impulso notável às relações bilaterais em todas as linhas da cooperação.

"Os vínculos entre Moscou e Caracas, que em 2015 completam 70 anos, estão baseados em uma simpatia mútua e amizade construídas por esse amigo sincero, o presidente Hugo Chávez", evocou o titular russo de Assuntos Exteriores.

Ele comentou que foram analisados durante o encontro de chanceleres os acordos promovidos pelos presidentes dos dois países e constatou-se com satisfação, segundo expressou, avanços em numerosas questões identificadas como prioridades e de interesse comum.

"Temos reiterado nosso apoio a Venezuela e ao presidente Maduro, por sua política soberana e independente, e por buscar sempre soluções para os problemas internos pela via constitucional e sem aceitar ingerências externas.", afirmou Lavrov.

O russo destacou o incremento notório dos laços bilaterais na área internacional, em particular o Conselho de Segurança e de Direitos Humanos da ONU e reiterou a valoração de seu governo às iniciativas de Caracas de apoiar resoluções na contramão da glorificação do fascismo e na defesa do uso pacífico do espaço.

O chanceler recordou o interesse de diálogo permanente com os demais países latino-americanos no âmbito da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

A respeito, disse apreciar a solidariedade permanente dessa organização a Cuba, condenando o bloqueio anacrônico dos Estados Unidos, e rechaçando as ameaças de Washington a Venezuela.

No geral, Lavrov recordou que as relações com América Latina respondem à Concepção da Política Exterior da Rússia, aprovada pelo presidente Vladimir Putin em 2013. "A América Latina constitui um componente importante na construção do policentrismo e é um dos centros de crescimento econômico. Considero que a região se consolida como um importante polo geopolítico mundial", disse Lavrov.

Ele lembrou dos crescentes contatos da Rússia com uma maior quantidade de países latino-americanos, para além do Grupo dos Brics, como a União Sul-americana de Nações e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos.