O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quinta-feira (18/12), que "valoriza em toda dimensão" o anúncio feito pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) de que a guerrilha fará um cessar-fogo unilateral por tempo indefinido, decisão classificada por ele como "correta", mas ressaltou que não aceita as condições impostas pela insurgência.
O mandatário, no entanto, não se pronunciou com relação ao cessar-fogo também ser condicionado à não agressão à guerrilha por parte do Exército colombiano, ponto criticado pela oposição no país. De acordo com as FARC, as hostilidades serão cessadas à partir da meia-noite e um do dia 20 de dezembro.
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Em sua conta no Twitter, Cepeda informou que a Frente Ampla pela Paz, uma das entidades mencionadas pelas FARC como observadoras do processo, "respaldará a observação ao cessar-fogo" e pedirá uma reunião com o presidente Santos para "fortalecer o fim das hostilidades
Críticas
Também no Twitter, o ex-presidente e senador Álvaro Uribe criticou que as FARC tenham condicionado o cessar-fogo à não agressão das Forças Armadas Colombianas.
Uribe é o maior crítico ao processo de paz e à possibilidade de que o governo pactue um cessar-fogo bilateral com os guerrilheiros. De acordo com ele, o cessar-fogo unilateral tem que ser verificado, mas a condição da guerrilha forçaria justamente um cessar-fogo bilateral, classificado por ele como "inaceitável".