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210914 uribeColômbia - Vermelho - O debate sobre o narcoparamilitarismo no congresso colocou o ex-presidente colombiano e agora senador, Alvaro Uribe, em dificuldades. O seu suposto envolvimento com paramilitares e narcotraficantes está gerando repercussão por todo o país.


Foram apresentados vídeos, fotos e documentos que vinculam o ex-presidente aos paramilitares e narcotraficantes Dois dias depois do senador Iván Cepeda, do Pólo Democrático Alternativo, apresentar vídeos, fotos e documentos que vinculam o ex-presidente aos paramilitares e narcotraficantes, o tema continua ativo nas redes sociais e em outros meios de comunicação, nos quais muitos colombianos expressam a sensação de que faltam respostas para muitas perguntas.

Qualificado como histórico, o debate do paramilitarismo no Senado, acompanhado na Internet por mais de duas milhões de pessoas, segundo números da emissora Blu Rádio, gerou uma repercussão imediata em todo o país e evidenciou novamente a vontade dos colombianos de conhecer a verdade do que ocorreu nestes anos.

Na opinião do senador Antonio Navarro "o país presenciou um debate da história política dos últimos 30 anos". É necessário outro debate "sobre todos os fatos" que golpeara a política durante esta etapa, disse em declarações publicadas na revista Semana.

Um dos que também destacaram a necessidade de que o país conheça os vínculos entre a política e o temido narcotraficante Pablo Escobar (1949-1993) foi o senador Horacio Serpa, do Partido Liberal, quem propôs inclusive outro debate que chamou de pablopolítica.

Em declarações à Revista Semana lembrou que já que diversas coisas estão vindo à tona, todas as cartas devem ser mostradas. Uma das grandes necessidades dos colombianos é conhecer toda a verdade, de todos e de todas, para depois reconstruir a Colômbia, sustentou.

Durante mais de 10 horas, o Capitólio foi cenário de um debate político agressivo como não era visto há muitos anos, segundo o jornal El Tiempo.

O jornal ainda acrescentou "ficou a sensação de que não foram dadas respostas a muitas perguntas e que ainda há tarefas para os tribunais, que devem investigar as relações dos políticos com o crime, que tanto dor semeou nas últimas décadas".

Sem dúvida um dos episódios que criou mais polêmica entre os colombianos no Twitter foi a reação de Uribe de abandonar a sala enquanto Cepeda expunha seus argumentos, e depois regressar para lançar acusações e depois voltar a se retirar.

No Twitter a etiqueta #SeretiracomoUribe continua hoje como tendência nessa rede social na qual os colombianos ainda criticam a atitude do ex-presidente.

O debate que ocorreu na Câmara alta na última quarta-feira deixou também uma série de demandas penais de várias partes.

A emissora pública bogotana Canal Capital anunciou que acusaria penalmente o ex-presidente Uribe, hoje senador pelo Centro Democrático, que acusou esse canal de ser "um instrumento servil ao terrorismo".

O gerente dessa emissora, Hollman Morris, qualificou como infames as acusações de Uribe que, disse, refletem "uma monstruosa intenção de debilitar as vozes daqueles que, como este canal, através da promoção dos direitos humanos e de uma cultura de paz, defendemos os alicerces de nosso sistema democrático".

Outro que também pretende processar o ex-presidente é o senador Jimmy Chamorro, presidente da Segunda Comissão, que durante o debate foi acusado por Uribe de ter recebido dinheiro do narcotráfico na última campanha eleitoral.

Para a presidenta do Pólo Democrático Alternativo, Clara López, era um debate necessário no qual Cepeda, disse, tocou as fibras da parte menos visível das violências do conflito. Não deve ficar sem consequências, escreveu em Twitter.

Vários têm sido os comentários nestes dois dias nos meios de comunicação naconais.

Em um artigo publicado na Internet o jornalista Nelson Lombana opinou que, entre outras coisas, o debate conseguiu colocar em branco e preto a realidade tempestuosa da Colômbia e evidenciou novos inimigos declarados da paz e da saída política.

Nelson Lombana também, acrescentou, ensinou que só a unidade em torno de uma frente ampla pela paz pode levar o país a trilhar um caminho diferente.


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