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colombia andressepulvedaColômbia - Prensa Latina - Só restam 72 horas para as eleições presidenciais colombianas do próximo domingo, sem que decaia o clima tensionado pelos confrontos entre candidatos e as novas revelações do escândalo de espionagem do hacker Andrés Sepúlveda.


O próprio presidente colombiano Juan Manuel Santos, candidato à reeleição nas eleições de 25 de maio, lamentou na segunda-feira passada que a campanha eleitoral tivesse entrado em uma fase que caracterizou como "ataque aos adversários com mentiras".

Quisemos que fosse uma campanha baseada em propostas e fizemos o possível para manter esse nível, mas foi impossível, disse à emissora Blu Rádio, depois de lamentar o caminho trilahdo até chegar em uma "campanha delinquencial", o que considerou muito grave.

Ontem o especialista espanhol em segurança informática, Rafael Revert, contratado por Sepúlveda, revelou à Promotoria os possíveis vínculos do ex-presidente Álvaro Uribe com o hacker colombiano que espionou o processo de paz.

Também manejava a campanha nas redes sociais do candidato pelo Centro Democrático, Oscar Ivan Zuluaga.

Em uma ocasião Sepúlveda disse-me, contou Revert, que Uribe sabia o que se estava fazendo, que Oscar Ivan Zuluaga e ele eram amigos íntimos. Também me disse que "Oscar (candidato presidencial pelo partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente) era a marionete de Uribe".

Segundo disse à emissora Blu Rádio, Revert - que trouxe à tona em um vídeo a reunião de Zuluaga com o hacker - Uribe visitou esse local.

Isso ocorreu dois dias antes de que saísse o escândalo das infiltrações de Sepúlveda aos correios eletrônicos dos representantes do governo e da guerrilha das FARC-EP na mesa de diálogos em Havana.

Andrés contou-me, acrescentou Revert, que trabalhou antes com Uribe - na época em que o assessor da presidência era o venezuelano J.J Rendón-, e confessou-me que o admirava, que era "um paisa (como são chamados os oriundos do departamento de Antioquia) espetacular".

Disse-me, também, que "na casa de Nariño (sede da presidência) tinha contatos de dentro" e era importante saber que está fazendo a campanha de Juan Manuel Santos "para que nosso Centro Democrático se prepare", disse o espanhol, hoje testemunha sob a proteção da Promotoria.

Espera-se que Zuluaga, que desde um início considerou o material gravado por Revert como uma manipulação para afetar sua campanha, apresente hoje nesse órgão judicial as provas prometidas segundo as quais o vídeo é uma "montagem grotesca".

Provas que deveriam ter sido entregues há 48 horas e que serão confrontadas com o exame pericial realizado por especialistas do corpo técnico da Promotoria, que confirmaram a autenticidade do vídeo sustentada em uma continuidade sem rupturas de áudio e imagens.

Os peritos encarregados do exame também serão chamados a declarar. Se as provas apresentadas pelo advogado defensor de Zuluaga, Jaime Granados, forem falsas, o jurista poderia incorrer no delito de fraude processual, segundo está estipulado pela Constituição.

A campanha havia sofrido até agora com a falta dos habituais debates na televisão dos candidatos para apresentar suas propostas - reclamados pela cidadania como imprescindíveis para decidir seu voto -, o que se tentará remediar hoje e amanhã com apresentações nas emissoras RCN e Caracol Television.

Quatro mil observadores internacionais da União das Nações do Sul (UNASUL), a Organização de Estados Americanos (OEA) e missões eleitorais de vários países chegaram nas últimas horas à Colômbia para exercer suas funções de observadores do processo eleitoral em 24 dos 32 departamentos do país.

Além de Santos e Zuluaga, aspiram à presidência durante para 2014-2018, Clara López, pela Coalizão Pólo Democrático-União Patriótica, Marta Luzia Ramírez, pelo Partido Conservador, e Enrique Peñalosa, pela Aliança Verde.


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