As denúncias do então jovem advogado, que tornaram-se conhecidas como A história me absolverá em alusão à frase final proncuniada ante o tribunal que o julgava, se converteram no programa político, jurídico e social do movimento revolucionário que encabeçou a insurreição armada contra a tirania de Fulgêncio Batista.
Ontem, juristas e historiadores de várias províncias desenvolveram uma jornada científica que abordou aspectos legais e historiográficos do acontecimento, a respeito do qual continuam se lançando novas luzes apesar das profusas investigações e publicações que o refletiram.
Uma das participantes ao encontro foi a jornalista Marta Rojas, que teve a possibilidade de presenciar aquela histórica jornada de 16 de outubro de 1953 e expôs uma vez mais suas vivências e considerações, além de apresentar a sétima edição de seu livro O julgamento de Moncada.
Em sua defesa, o líder dos assaltantes à segunda fortaleza militar do país baseou-se, entre outros, no artigo 40 da Constituição de 1940, que considerava legítima a resistência para preservar o direito conquistado para os indivíduos e a nação.
As palavras pronunciadas pelo legista na Causa 37 converteram-se em documento acusador do terrível panorama da sociedade cubana de então e em projeto das transformações necessárias para mudá-lo, o qual começou a suceder depois do triunfo revolucionário do Primeiro de Janeiro de 1959.
Atualmente, no parque-museu Abel Santamaría conservam-se depoimentos materiais daquela sessão judicial no mesmo local onde teve lugar e em um dos recintos que também fosse atacado na manhã do domingo de 26 de julho de 1953.