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040913 opera mundi luciana taddeo venezuelaVenezuela - Opera Mundi - [Luciana Taddeo] Com a falta de luz, metrô de Caracas teve circulação interrompida e trânsito deu nó.


Um apagão registrado no início da tarde desta terça-feira (3/09) deixou pelo menos metade dos estados da Venezuela sem energia elétrica. Parte de Caracas também ficou sem luz. De acordo com o vice-ministro de Eletricidade e diretor da companhia elétrica estatal, Franco Silva, a falha foi registrada em uma das principais linhas de transmissão do sistema elétrico, interrompendo o serviço para o centro-oeste do país.

Através de um discurso transmitido por rede de rádio e televisão no final da tarde, a ministra venezuelana da Comunicação, Delcy Rodríguez, informou que a eletricidade já foi reestabelecida em Carabobo, Yaracuy, Aragua, Falcón e Guárico, assim como na capital do país e arredores. De acordo com ela, o reestabelecimento do sistema será realizado de “forma progressiva”. Os estados de Zulia, Lara, Táchira, Mérida, Trujillo, Portuguesa e Cojedes tabém foram afetados.

Na capital venezuelana, onde o apagão durou cerca de três horas, semáforos apagados e a paralisação do sistema de metrô contribuíram para a formação de nós no já intenso trânsito local. Muitos venezuelanos, dispensados do trabalho, lotaram as calçadas buscando uma alternativa para voltar para casa. Embora cheios, micro-ônibus eram solução para parte deles e o excesso de passageiros fez com que muitos dos veículos circulassem com portas abertas.

“Estamos aqui sentados, descansando um pouco, vamos caminhando para casa”, disse a Opera Mundi um venezuelano acompanhado de colegas de trabalho que conversavam em uma praça. “Ela mora bem longe, em Santa Teresa del Tuy, vai chegar em casa perto das onze da noite”, brincou ele, apontando para uma colega que sentava em um banco, às três e meia da tarde.

“Tivemos que descer do metrô no meio do túnel. Parece que o apagão é em todo o país”, dizia um homem ao celular, diante de um shopping fechado pela falta de luz.

Segundo o governo, não foram registradas emergências em hospitais ou centros de saúde devido à falha na provisão de energia. Rafael Ramírez, presidente da PDVSA (Petróleos da Venezuela S. A.), informou por sua vez que o apagão não afetou o funcionamento da indústria petrolífera, que estaria em “absoluta normalidade”. “O abastecimento de combustíveis e gás está garantido”, ressaltou.

“Sabotagem”, afirma Maduro

Por meio de sua conta no Twitter, o presidente venezuelano Nicolás Maduro qualificou a situação como “estranha” e falou em “sabotagens”. “No momento em que estabilizamos o Serviço Elétrico e vamos inaugurando novas obras, dão este golpe para voltar a desestabilizar... Peço todo apoio dos trabalhadores elétricos e do povo para ir a uma nova etapa na luta para vacinar o sistema de sabotagens”, escreveu.

“É evidente que por trás [do apagão] está a mão dos que querem debilitar nossa Pátria, continuemos no caminho do trabalho e prosperidade. Unidade e avanço!!”, complementou o chefe de Estado, afirmando que ordenou a mobilização das Forças Armadas “para que patrulhem os Estados” e “proteger todo o país”. Segundo o governo, o apagão desta terça se dá de forma “abrupta”, já que não foram registradas falhas nos últimos meses.

“Fracasso”, diz Capriles

O opositor Henrique Capriles, que não reconhece sua derrota para Maduro na eleição presidencial de abril deste ano, também se manifestou no Twitter, afirmando que o apagão “demonstra cada vez mais a terrível incapacidade deste governo”. “Já virão com outro conto para tentar esconder o fracasso”, escreveu, complementando que “tudo o que acontece tem que motivar mais os venezuelanos por uma mudança”.

No final de abril, Maduro havia declarou “estado de emergência” no sistema de serviço elétrico do país por 90 dias. Segundo o decreto, alguns territórios em situação crítica ficariam sob o status de “zonas de segurança” durante o período. Já durante o anúncio, o presidente venezuelano tinha se referido a uma “sabotagem elétrica” que estaria provocando falhas de energia em alguns Estados do país.

No texto publicado no boletim oficial naquele mês, “medidas extraordinárias” seriam adotadas contra “fatores” que representavam riscos para a estabilidade do país, como “planos de sabotagem das instalações destinadas à prestação do serviço”. O aumento da demanda de eletricidade no país observado nos últimos anos também foi mencionado na ocasião. Em agosto, um novo decreto foi estabelecido por igual período, estabelecendo áreas de segurança para garantir o abastecimento de energia.


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