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130531 cubaAmérica Latina - Vermelho - O governo cubano rejeitou, nesta sexta-feira (31) a inclusão de Cuba, por mais um ano, na lista de países chamados, pelos Estados Unidos de "patrocinadores do terrorismo". Para as autoridades cubanas, a denominação é injusta e arbitrária e pretende justificar a manutenção do bloqueio econômico, imposto pelos estadunidenses ao país há mais de meio século. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba condenou a inclusão e pediu providências para a retirada do país da lista.


“Essa vergonhosa decisão foi tomada faltando, de forma deliberada, com a verdade, ignorando o amplo consenso e a exigência explícita de inúmeros setores da sociedade estadunidense e da comunidade internacional para que se ponha fim a essa injustiça”, disse, em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

O comunicado acrescentou que Cuba rejeita energeticamente o uso, com fins políticos, de um assunto tão sensível como o terrorismo internacional. “O único propósito deste exercício desprestigiado contra Cuba é intensificar a manutenção do bloqueio, uma política fracassada que o mundo inteiro condena. Também pretende agradar um grupo anti-cubano, cada vez menor, que se empenha para apontar uma política que já não tem sustentação e que sequer representa os interesses nacionais dos Estados Unidos, da maioria da população estadunidense e da emigração cubana residente neste país.

Em seu relatório anual, apresentado nesta quinta-feira (30), o Departamento de Estado estadunidense mantém Cuba na lista de países apontados como patrocinadores do terrorismo, assim como o Irã, o Sudão e a Síria. Segundo os EUA, Cuba, que integra a lista desde 1982, “continua a proporcionar refúgio a duas dezenas de membros da ETA [Pátria Basca e Liberdade, grupo que procura a independência da região do País Basco (Euskal Herria), da Espanha e França. A ETA possui ideologia separatista/independentista marxista-leninista e revolucionária]”.

Para os Estados Unidos, Cuba também serve de abrigo para os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Porém, o governo cubano assegura que “[o país] nunca foi nem será usado para abrigar terroristas, independentemente da origem, nem para organizar, financiar ou perpetrar atos de terrorismo contra qualquer país do mundo, incluindo os Estados Unidos”.

O governo cubano argumentou, por sua vez que tal acusação não tem fundamento porque os estadunidenses no país não acusados de terrorismo e os militantes da ETA no país “corresponde a uma solicitação dos governos interessados no assunto”. Além disso, pontua que a acusação sobre as Farc não tem cabimento uma vez que o país, desde 2011, atua como garantidor do processo de paz na Colômbia. A nota do Ministério das Relações Exteriores do país também destaca o repúdio do país às ações de grupos terroristas.

“Ao contrário, o governo dos Estados Unidos emprega o terrorismo de Estado como uma arma contra países que desafiam seus interesses, causando mortes na população civil. Usaram aviões não tripulados para perpetrar execuções extrajudiciais de supostos terroristas, inclusive estadunidenses, resultando na morte de centenas de civis inocentes” e acrescenta que com “saldo de 3.478 mortos e 2.099 incapacitados”.

Ainda de acordo com a nota, desde 2002, as autoridades do país propõem aos Estados Unidos a adoção de um acordo bilateral para combater o terrorismo, uma oferta que renovou no ano passado, mas sobre a qual não recebeu resposta.

Com agências


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