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310513 maduro assassino caprilesColômbia - Opera Mundi - "Lamento muito que o presidente Santos tenha dado credibilidade à direita fascista venezuelana", afirmou.


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira (30/05) que perdeu a confiança no presidente colombiano, Juan Manuel Santos, a quem acusou de tê-lo traído após encontro com o ex-candidato à Presidência, Henrique Capriles, em Bogotá, na quarta-feira (29/05). Além disso, Maduro anunciou que estava colocando em análise as relações bilaterais.

“Foi violado o acordo de Santa Marta", falou o presidente venezuelano. Em 10 de agosto de 2010, em Santa Marta (Colômbia), o falecido presidente Hugo Chávez se reuniu com Santos quando estabeleceram regras a serem seguidas por ambos, renovando as relações entre os dois países, rompidas após o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe acusar Chávez de abrigar guerrilheiros das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em solo venezuelano. “Uma regra básica do jogo para a convivência é o respeito”, continuou Maduro.

“Lamento muito que o presidente Santos tenha dado credibilidade à direita fascista venezuelana", sublinhou o presidente venezuelano, para depois reforçar a tese de que Capriles conspira para derrubá-lo e dizendo que agora o governo colombiano está alinhado com esse plano.

Maduro revelou que, como chanceler de Chávez e candidato eleitoral, atendeu o pedido de Santos para interceder no conflito com a guerrilha colombiana e conseguir firmar as conversas de paz realizadas em Cuba. “Agora vão nos pagar desta forma, com traição? Eu duvido, mas perdi a confiança no presidente Santos, a menos que me demonstre o contrário. Eu duvido neste momento de suas intenções para alcançar a paz”, acrescentou Maduro.

“Respeitamos todos os países do mundo”, ressaltou Maduro. “O senhor [Juan Manuel Santos] não se envolva no meu país, que eu não me meto no seu. É simples assim. O senhor respeita a política do meu país e eu respeito a do seu”, ressaltou ele. “Aqui há bolivarianos, não se esqueça que somos filhos de [Símon] Bolívar [o libertador das Américas] e de [Hugo] Chávez. Não se envolvam conosco. Nos respeitem para que nós possamos respeitá-los”, completou.

Ameaça

Mais cedo, Maduro disse que há em andamento, a partir de Bogotá, um plano de “guerra psicológica” para “atentar contra a paz e a segurança nacional”. Ele também afirmou que o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, corre risco de ser assassinado.

Os líderes da ação seriam, segundo Maduro, o ex-sub-secretário de Estado dos Estados Unidos Roger Noriega, o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe Vélez, o marqueteiro venezuelano J.J Rendón e membros da direita venezuelana. Segundo ele, o plano concreto é sabotar a economia nacional, o dólar e gerar desabastecimento.

[Venezuelanos residentes em Bogotá se manifestam contra a visita de Capriles à Colômbia]

Segundo Maduro, o plano para derrocá-lo também inclui uma tentativa de envenenamento por parte de uma equipe de especialistas vinda de Miami, vinculada a Noriega, que teria se dirigido à Colômbia. “[Eles] Estão preparados para vir à Venezuela para me inocular um veneno. Não para que eu morra em um dia, para me deixar doente no transcurso dos meses que estão por vir”, explicou, garantindo que não permitirá que o plano se concretize.

Sobre Cabello, o presidente venezuelano disse que ele “está submetido agora ao fogo inimigo, que trata de buscar seu assassinato moral, para ver se depois conseguem assassiná-lo fisicamente”.

Crise diplomática

A tensão nas relações diplomáticas entre Venezuela e Colômbia começou após Santos receber Capriles em Bogotá, encontro que provocou resposta imediata da chancelaria venezuelana, que lamentou o ato. “Não temos mais [a fazer do] que lamentar profundamente que o presidente Santos tenha dado um passo que de maneira dolorosa vai nos levar a um descarrilamento das boas relações que temos. É lamentável, porque tanto o presidente [Hugo] Chávez como o presidente [Nicolás] Maduro cuidaram e cultivaram estas relações”, disse o chanceler venezuelano, Elías Jaua.

Em seguida, a colega colombiana, María Ángela Holguín, disse que Bogotá irá avaliar “diretamente” com o executivo venezuelano o tema. Segundo comunicado lido por ela ontem, Santos “desde que iniciou seu governo, decidiu tratar os assuntos do governo da Venezuela de uma maneira direta e sem microfones”, logo, “em vistas de nos mantermos afastados da diplomacia de microfones, que é tão daninha, trataremos esse tema de maneira direta com o governo venezuelano”, acrescentou a chanceler.

As relações entre Colômbia e Venezuela começaram a azedar em 2009, quando o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, por diversas vezes, acusou Hugo Chávez de abrigar guerrilheiros das FARC e ELN em território venezuelano. O falecido presidente rompeu relações em julho de 2010, após Bogotá apresentar em uma reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) um dossiê de acusações sobre a suposta atuação das guerrilhas na Venezuela.

Na época, analistas avaliaram que a estratégia de Uribe era "contaminar" a aproximação entre Chávez e o presidente eleito, Juan Manuel Santos, que tomou posse em 7 de agosto daquele ano. Santos havia convidade o líder venezuelano para sua cerimônia de posse. "Faço um chamado ao presidente eleito: peço que fique longe de Uribe", disse Chávez na ocasião.


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