O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, destituído do cargo após o golpe de 22 de junho deste ano, questionou nesta sexta-feira (31/08) a transparência das próximas eleições gerais do país, marcadas para abril de 2013.
Para o ex-mandatário, o processo eleitoral está “viciado” devido à organização estar a cargo de defensores do governo de Federico Franco, que assumiu o poder após o julgamento político realizado pelo Congresso paraguaio.
"Nos perguntamos se uma Justiça Eleitoral, viciada por integrantes de partidos tradicionais e conservadores, que executaram esse golpe, pode garantir eleições livres, transparentes e críveis", afirmou Lugo.
A legitimidade da eleição presidencial paraguaia é considerada um ponto fundamental para o fim da suspensão ao país no Mercosul e na Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
Nesta sexta-feira, o ex-presidente voltou a dizer que o governo local “sente o isolamento” ao qual foi submetido, principalmente, pelos seus vizinhos.
A OEA (Organização dos Estados Americanos) já enviou representantes ao Paraguai para acompanhar a organização do pleito. Além disso, Lugo reivindica a presença de observadores de outros órgãos, como a União Europeia, o Mercosul e a Unasul.
(*) com agências internacionais