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1pdvsaVenezuela - Telesur - [Tradução do Diário Liberdade] Há hoje um fundo de investimento para o desenvolvimento da política de solidariedade e de fraternidade entre os povos da América Latina e do Caribe.


Petroleos de Venezuela (PDVSA), a companhia petrolífera estatal venezuelana, por muitos anos tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento global, e na construção da integração da América Latina. 

Em junho de 2005, o líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, lançou a Petrocaribe, uma iniciativa de cooperação vendendo petróleo bruto a preços mais baixos e com taxas de juros de dois por cento ao ano, para 17 países do Caribe além de financiamento de projetos de investimento social que chegam cerca de 4 bilhões de dólares.

Foi, Hugo Chávez quem, durante a Terceira Cúpula de Chefes de Estado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), realizada em novembro de 2007 na Arábia Saudita, convidou seus colegas a aceitar propostas de solidariedade a fim de aliviar o sofrimento de milhões de pessoas que vivem nos 50 países mais pobres do planeta, cujo consumo total de petróleo mal chega a 700 mil barris por dia.

No entanto, a Petrocaribe é, até agora, a única iniciativa deste tipo em todo o mundo. A Petroleos de Venezuela S. A. (PDVSA) assinou acordos com companhias petrolíferas estatais de oito países da Petrocaribe, e executada obras como a planta de enchimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em São Vicente e Granadinas (2007), a Planta de Armazenamento e Distribuição de Combustível inaugurada em Dominica em junho de 2009, e a Refinaria "Camilo Cienfuegos" reativada em Cuba, em operação desde dezembro de 2007, com capacidade de produção de 67 mil barris por dia.

Em 17 de outubro, o presidente venezuelano Nicolas Maduro participou da inauguração da Planta de Gás Hugo Chávez em Granada, a qual permite oferecer gás a preços baixos, reduzindo significativamente os custos de eletricidade.

Também devem ser mencionados os projetos de geração de energia desenvolvidos na Nicarágua, no Haiti, em Antígua e Barbuda, na República Dominicana e em São Cristóvão e Neves.

Antes de Petrocaribe, os países da região não tinham nenhum controle sobre a cadeia de fornecimento de petróleo e produtos, pois dependiam de transnacionais e da especulação dos intermediários.

Através da PDVSA, foram implementadas estratégias de compensação para que nações com economias limitadas sejam capazes de tornar-se países produtivos. Com a Petrocaribe, há hoje um fundo de investimento de 400 milhões de dólares para o desenvolvimento desta política de solidariedade e de fraternidade entre os povos da América Latina e do Caribe.

Em 2005, o líder dessas políticas de integração, Hugo Chávez, disse que não era justo que, enquanto a Venezuela possui as primeiras reservas petrolíferas do mundo e as maiores reservas de gás em toda a América "tem apagões freqüentes na República Dominicana, o norte do Brasil não tem energia para o desenvolvimento, a Colômbia não tem energia suficiente nas cidades fronteiriças, o Haiti não tem sequer usinas de energia para o fornecimento a hospitais... não é justo".

Atualmente, a PDVSA está presente no exterior através de cinco escritórios localizados na Argentina, no Brasil, em Cuba, no Reino Unido e nos Países Baixos. Também está presente em Londres com a PDV UK, que trabalha como escritório de inteligência de mercado.

No Caribe, com a filial Refinería Isla, a PDVSA opera em Curaçao, Bonaire e nas Bahamas. O patrimônio internacional também inclui a Citgo, sua filial nos Estados Unidos que, a cada inverno, vende combustível a preço subsidiado para os bairros mais pobres da cidade de Nova Iorque, cujos moradores não têm dinheiro para custeá-lo.

O que é a PDVSA?

Petroleos de Venezuela (PDVSA) é a principal empresa do país sul-americano, e a quinta maior companhia petrolífera do mundo. É a maior fonte de receitas do Estado graças às royalties do petróleo, taxa de recuperação deste ativo natural que se encontra no subsolo.

A Venezuela integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), criada em 1960 em parceria com Angola, Arábia Saudita, Argélia, Equador, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Kuwait, Nigéria, Qatar, Irã e Líbia,os  quais, incluindo a Venezuela, exportam até 40 por cento do petróleo consumido no mundo, e 80 por cento das reservas globais do produto.

Desde 2014, esta preços do petróleo registaram um menor de 50 por cento, o que afetou o equilíbrio do mercado e das relações entre produtor e consumidor de energia. Um dos principais motivos foi o aumento desproporcional na produção de óleo de xisto ou óleo de xisto pelos Estados Unidos conhecido como "fracking".

2pdvsaO assédio

Nenhum outro país da América Latina tem sido atacado dos centros do poder financeiro, como a Venezuela. E uma das razões para isso é que, no contexto da queda abrupta dos preços internacionais do petróleo em que transnacionais foram afetadas por suas próprias políticas neoliberais, o governo venezuelano tem continuado a investir em todas as áreas da economia e em projetos sociais para o benefício da sociedade, ao contrário do México e da Colômbia, para citar dois exemplos.

Embora o mercado de petróleo siga diminuindo, a Venezuela continua construindo casas, desde 2011 investe em mais de 76 bilhões de dólares e, até o final de 2015, o presidente do país, Nicolas Maduro, prometeu entregar a habitação popular de número um milhão.

A PDVSA representa o financiamento direto do Orçamento Nacional, que aumentou para 741 bilhões de bolívares em 2015.

Esta empresa estatal é de extrema importância para todos os venezuelanos, e para muitos países que utilizam seus produtos. Nos últimos anos, a empresa tem sido alvo de campanhas de difamação pelos meios de comunicação nacionais e internacionais, que relatam uma série de acontecimentos, a fim de afetar negativamente suas atividades desde a ampliação de acidentes, incêndios, problemas de manutenção, contaminação ou as supostas operações no mercado negro, a mais recente por parte dos EUA.

O embaixador da Venezuela na ONU, Rafael Ramirez, disse no final de outubro que o investigação iniciada nos Estados Unidos sobre "práticas irregulares" da companhia estatal de petróleo é parte de uma campanha contra o país e contra a Revolução Bolivariana, visando atacar as pessoas que têm altas responsabilidades no Estado e que trabalharam com Hugo Chávez.

"Aqueles que conhecem a Venezuela, sabem que um dos marcos mais importantes da Revolução Bolivariana foi recuperar nossa indústria petrolífera, expulsar do nosso país as multinacionais que nos saquearam por cem anos, o que naturalmente nos tem trazido muitos ataques e muitos inimigos, inimigos poderosos", acrescentou.

A verdade é que a PDVSA ainda trabalha para superar a perda que a sabotagem petroleira de 2002-2003, acontecimento mais significativo já ocorrido em toda a história da indústria petrolífera venezuelana, que tentou derrubar o presidente Hugo Chávez.

Essas ações paralisaram a produção de combustíveis aeronáuticos, gasolina, diesel, assim como o transporte das unidades de produção ou o refino para os centros comerciais de fornecimento.

O Produto Interno Bruto (PIB) registou queda de 15,8 por cento durante o quarto trimestre de 2002, e 24,9 por cento no primeiro trimestre de 2003, o que limita a capacidade do Executivo de implementar seus planos e programas.

No artigo "EUA, petróleo e golpes de Estado na Venezuela", publicado no Correo del Orinoco [jornal diário venezuelano], Andrés Maldonado diz que "historicamente, todos os golpes de Estado na Venezuela têm sido promovidos pelos Estados Unidos, motivados pela necessidade de controlar nossas reservas e a produção de petróleo, consideradas pelo Império recurso chave e estratégico para a segurança nacional, dada a necessidade de sustentar e financiar seu enorme poder militar, assim como sua elevada capacidade de consumo".

Os dados - Os EUA consomem 25% da energia mundial, embora sua população sobre o mundo representam apenas 5%

A Venezuela possui as maiores reservas de gás comprovadas da América Latina, e também as maiores reservas de hidrocarbonetos líquidos do mundo, com 297 bilhões de barris (BB), superando, assim, todos os outros países produtores tais como Arábia Saudita (264 BB), Canadá (174 BB), Irã (136 BB), Iraque (115 BB), África (75 BB), Rússia (72 BB) e do restante da América (63 BB).

Fonte: Christopher Schenk (USGS, 2009), em “An Estimate of Recoverable Heavy Oil Resources of the OHOB".

O petróleo é, portanto, o recurso natural mais importante para o modelo de crescimento econômico capitalista.

O doutor em Economia e diretor do Centro Latino-Americano de Geopolítica Estratégica (Celag), Alfredo Serrano, disse que esta é a razão pela qual os Estados Unidos estão preocupados em ordenar o mundo de tal maneira que "sempre pudesse desfrutar do petróleo necessário para seu modelo de acumulação".

E que, por isso, procura, na sua opinião, evitar qualquer política de países que possuem soberania sobre os recursos petrolíferos. Para fazer isso "utiliza-se de infinitas maneiras: institucionais, econômicas, políticas e militares".

O que aconteceria se a PDVSA não estivesse mais nas mãos do Estado venezuelano?

Assim esteve ela, durante a sabotagem petroleira que deixou sequelas tanto para a empresa, quanto para a sociedade venezuelana. Perder-se-ia, assim, a soberania nacional sobre os recursos energéticos e sobre as receitas petrolíferas. Dar-se-ia passagem à política de desnacionalização e à internacionalização em direção ao capital transnacional do petróleo.

Durante as poucas horas que durou o governo de facto em 2003, a Lei de Hidrocarbonetos recém promulgada durante o governo de Chávez, foi revogada por decreto, e o acordo bilateral sobre o fornecimento de petróleo a Cuba foi suspensa.

O governo venezuelano, através desta empresa, mantém convênios com os governos de outros países, principalmente na América Latina e no Caribe, conforme estabelecido pela oferta de petróleo da Petrocaribe em um novo esquema de intercâmbio favorável, eqüitativo e justo.

A privatização causaria impacto do preço do petróleo nas economias, acentuar-se-íam as carências em infra-estrutura na América Latina, perder-se-ia a integração econômica e de mercados que têm se transformado em benefícios para os menos favorecidos na Venezuela e fora dela, especialmente no Caribe .

Além disso, a visão da economia seria novamente a rentista, e não de investimento social.

Em relação ao impacto do preço do barril do petróleo na economia, a petroleira venezuelana argumenta que os países produtores de petróleo da Venezuela que os países produtores devem estabelecê-la, por meio da parceria entre os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e não OPEP.

A Venezuela pretende implementar um mecanismo para a eliminação gradual da produção a fim de controlar os preços, estabelecendo um primeiro piso de cada barril de petróleo a US$ 70, e um máximo de US$100.

Isso permite que os países produtores se defendam da técnica de extração de petróleo usada pelos EUA, denominada de "fracking", a qual exerce enorme impacto ambiental e afeta o mercado global de petróleo.

O petróleo "fracking" estadunidense inunda o mercado com milhões de barris extraídos de forma agressiva, provocando a queda dos preços do petróleo afetando diretamente outros países produtores, como Rússia e Venezuela.


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