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madurpVenezuela - Diário Liberdade - [Edu Montesanti] Nesta quarta-feira,18, a rede de TV venezuelana Telesur revelou que a companhia estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PDVSA) tem sido amplamente espionada pelos Estados Unidos, segundo documentos entregues à rede de comunicação caribenha por Edward Snowden, ex-contratista da Agência de Segurança Nacional estadunidense (NSA, na sigla em inglês).


Foto de Telesur - Nicolás Maduro disse que vai exigir explicações e desculpas.

De Caracas, a "missão diplomática" de Washington, que - assim como em todo o mundo, de acordo com revelações WikiLeaks e do próprio Snowden - conta com agentes da CIA travestidos de diplomatas, tem trabalhado em parceria com a NSA e com a CIA ("ofício" nada democrático, denominado pelos próprios espiões em seus telegramas de F6, conforme revelado pelo semanário alemão Der Spiegelem 2013) a fim de interceptar comunicações internas, os correios eletrônicos, perfis de 10 mil empregados e outros fundamentais dados da estatal petrolífera venezuelana e de altos funcionários, tais como seu ex-presidente, Rafael Ramírez.

A espionagem perpetrada entre a NSA e a Embaixada dos EUA na Venezuela, de acordo com o documento "ultra-secreto" redigido pelo analista, levou os "doutores mundiais em democracia" a afirmar, entre si, que" entender a PDVSA, significa entender o coração econômico da Venezuela". Disso também parte o boicote econômico que sofre a Revolução Bolivariana por parte de Washington, também qualificada de "guerra econômica" pelo presidente venezuelano, solicitando apoio internacional - o mesmo que sofreu o presidente chileno Salvador Allende em 1973, por parte da CIA. E tal qual há 42 anos, o mandatário da Venezuela é hoje ridicularizado (e junto, todos os comunicadores ao redor do mundo que fazem o mesmo) pela mídia de desinformação das massas (e por seus cérebros devidamente lavados, o que não escolhe classe social) cada vez que denuncia os boicotes e as tentativas de golpe de Estado que sofre por parte do que chama de Eixo Miami-Bogotá-Madrid.

Já um telegrama confidencial revelado por WikiLeaks, enviado da Embaixada estadunidense em Caracas a Washington, datado de 17 de fevereiro de 2009, revela que funcionários da PDVSAeram coagidos a passar informações da estatal cada vez que solicitavam visto de entrada aos "abertos", "éticos", profundamente "amantes da liberdade" Estados Unidos.

O presidente Maduro afirmou nesta quinta-feira, 19, que irá rever suas relações com os Estados Unidos. “Ordenei uma investigação, ordenei à chancelaria que mencione ao encarregado de negócios [da Embaixada dos EUA]. Faremos uma revisão integral das relações com o governo dos Estados Unidos”, disse o presidente Maduro. E acrescentou ainda: "O Império estadunidense, há muito tempo, tem a intenção de sabotar a indústria petrolífera, e de derrubar o Governo Bolivariano com o objetivo de se apropriar e pilhar o petróleo dos venezolanos”.

Como era se se esperar, nada disso vira notícia no monopólio da informação tupiniquim e global. Os grandes meios de comunicação, mestres na arte do embaralhamento do entendimento coletivo, mais adiante certamente repetirão a prática de jornalismo canalha que os marca, velhas e envelhecidas aulas de antijornalismo desde que Hugo Chávez assumiu o Palácio de Miraflores em 1999, e implantou no país a revolução Bolivariana: quando Maduro tomar alguma atitude em defesa da soberania e da segurança de seu povo - tal como, hipoteticamente, ordenar fechamento do centro de espionagem norte-americano em Caracas disfarçado de Embaixada -, afirmarão que "o governo venezuelano teria dito que a PDVSA fora, alguma vez, espionada", para então, no mundo-fantasia que criam, acusar Nicolás Maduro de "ditador", "agressivo".

Invertendo os papeis por algum momento, imagine-se se fosse a Venezuela quem espionasse e ainda tentasse derrubar, por exemplo, o xerife global Barack Obama da Casa Branca: qual a atitude deste, e a postura de seus porta-vozes da grande mídia internacional pertencente exatamente aos proprietários das grandes indústrias petrolíferas e armamentistas do mundo, dos grandes bancos, do agronegócio e de muitos políticos metidos com o narcotráfico? Pois é.


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