Elas pedem políticas de crédito que envolvam as pequenas produtoras para não serem condenadas à miséria. "No campo há fome, há pobreza, há desnutrição", disse uma das camponesas à Telesur, recordando que muitas famílias perderam seus cultivos devido aos efeitos negativos das mudanças climáticas.
Atualmente, mais de 51% da população hondurenha vive nas áreas rurais do país.
'As camponesas merecem todo o nosso crédito'
Entre os dias 4 e 12 de dezembro está sendo realizada em Lima, no Peru, a 20ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 20), e a Plataforma Agrária, uma organização com mais de 30 entidades de Honduras, encabeça a campanha ''As camponesas merecem todo o nosso crédito''.
A organização comunica que a agenda política das mulheres do campo na COP 20 busca garantir que o governo de Honduras crie uma estratégia regional que dê resposta imediata à população, particularmente às mulheres e crianças, em relação à saúde física e mental diante dos desastres climáticos, informa o blog Honduras Tierra Libre.
A Plataforma Agrária é uma rede nacional formada por mais de 30 organizações, cujo objetivo é o cumprimento da Constituição da República de Honduras que estabelece uma reforma agrária, e conseguir mudanças nas políticas públicas a favor dos camponeses e camponesas através da Lei de Transformação Agrária Integral, apresentada ao Congresso Nacional de Honduras em 2011.
Segundo relatórios da German Watch (2013) e Oxfam (2014), Honduras é o país mais vulnerável do mundo e o mais efetado pelas mudanças climáticas nos últimos 20 anos.