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usina atomica cordobaArgentina - ADITAL - As organizações reunidas na Plataforma Córdoba Não Nuclear (1) mostraram entusiasmo frente às recentes declarações do governador da Província, José Manuel De La Sota, que se manifestou contra a energia nuclear.


Nesse marco, a coalizão antinuclear pede ao governador que promova o tratamento legislativo do Projeto de Lei que estabelece o fechamento definitivo da usina atômica de Embalse. "A central nuclear que temos em Embalse tem nos prejudicado bastante", disse De la Sota.

Em uma entrevista radiofônica no LT8, de Rosario, De La Sota assegurou que a central nuclear de Embalse foi um erro y causa prejuízo ao turismo da província, por estar localizada em frente ao lago Embalse. Ademais, acrescentou que "ninguém quer ter uma central nuclear em frente à sua casa, ainda que nos digam que tudo é seguro, que tudo é fantástico". O governador salientou, ademais, que depois de Chernobyl e de Fukushima tudo relacionado com energia nuclear está, pelo menos, sob questionamento.

De la Sota também pôs em dúvida o plano nuclear e destacou a falta de consultas à província: "o governo nacional, como em tantas outras coisas, nem nos consulta sobre esses temas. Tenho entendido que a empresa respectiva que depende do governo teria decidido pela repotencialização da central, alegando que custa o mesmo lacrá-la e repotencializá-la por outros 25 anos... É preciso discutir esse tema como outros, não creio que se tomem medidas neste final de governo".

A central nuclear de Embalse finalizou sua vida útil em 2012, mas continua em funcionamento por causa dos atrasos na conexão da central Atucha II. Frente aos planos do governo nacional de estender seu funcionamento por mais 25 anos, um coletivo de organizações locais e nacionais formaram a coalizão Córdoba Não Nuclear e apresentaram um projeto de lei provincial para que a central de Embalse seja fechada definitivamente. O texto conta com o aval de 30 mil cordobeses e está esperando ser tratado pelos legisladores provinciais.

"Os custos de reconstrução de Embalse anunciados por Julio De Vido [ministro de Planejamento Federal, Investimento Público e Serviços da Argentina] não são reais; estão quatro vezes abaixo do que custou uma obra idêntica no Canadá (dona da tecnologia utilizada pela Embalse)", assinalou Mauro Fernández, do Greenpeace. "Isso segue a estratégia histórica da Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA) de esconder os verdadeiros custos, para que sejam aprovadas essas centrais, que são máquinas de consumo de dinheiro dos cofres do Estado".

"A Embalse já deveria estar fora de operação. No dia 03 de março de 2012, foi anunciado o esgotamento de 210.000 horas de funcionamento, que contava com uma licença de operação original de 210.240 horas. Em maio de 2012, a ARN [Autoridade Regulatória Nuclear] modificou essa licença, estendendo as horas permitidas sem nenhum tipo de consulta ou informação pública. Estão brincando com algo tão sensível como é a licença de operação de uma usina atômica", assinalou Gretel Schaj, da organização "Los Verdes".

"Os cordobeses já disseram não à Dioxitek, fábrica de dióxido de urânio instalada na capital da província, que já tem os dias contados. Agora, mais de 30.000 cordobeses estão pedindo o fechamento definitivo da central de Embalse e instam o governador De La Sota que apoie o debate na Legislatura, para que isso assim ocorra", concluiu Luis Tuninetti, da organização Eco-Sitio.

Notas

1) La coalición Córdoba No Nuclear está integrada por: CEDHA, Eco-Sitio, FUNDEPS, Greenpeace, Fundación Hölderlin, Los Verdes y Tierra Vida. Más información em www.cordobanonuclear.org.

Audio con las declaraciones de De La Sota disponible en este enlace: http://www.cordobanonuclear.org/NUCLEAR-DE-LA-SOTA-EN-NOTABLES-19-07-2014.zip

Com informações do Greenpeace.


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