A declaração foi divulgada no final de uma assembleia na região de San Vicente, departamento de San Pedro, depois da notícia de que 24 camponeses foram feridos pela repressão policial e militar durante dois protestos ocorrido no local.
As novas plantações e a aplicação aérea de produtos químicos em zonas proibidas pela lei são rejeitadas pelos camponeses, mas os manifestações são vigiadas por policiais e empregados dos latifundiários que portam armas, assegura a Federação.
O dirigente Arnaldo Ayala disse que os protestos se estenderão a todos os assentamentos em cujas proximidades se pretenda realizar novas plantações, na operação denominada "sojização ilegal" do país.
Ayala agregou que as bases da organização estão preparadas para resistir à ofensiva dos geófagos e grandes agroexportadores e negou que a repressão desatada tenha desmoralizado as famílias camponesas.
Segundo as leis vigentes, está proibida a aplicação de agrotóxicos próximo aos povoados, estradas e vielas, mas isso é violado com o conseguinte prejuízo para a saúde inclusive de mulheres, crianças e idosos.
Comentou que colonos brasileiros, após desalojarem violentamente os camponeses, semearam 520 hectares na região com a proteção de policiais, os quais permanecem no local a serviço dos infractores da lei.
Um vídeo distribuído aos meios de difusão mostrou imagens da agressão dos policiais e permite comprovar os disparos a queima-roupa contra os manifestantes, resultando no saldo assinalado de pessoas feridas.