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130512 acessominaArgentina - Adital - [Natasha Pitts] Preocupados com os efeitos devastadores que a mineração pode provocar em crianças e adultos, o Serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital Zonal de Esquel, a Sociedade Argentina de Pediatria Filial Esquel e os Pediatras do Noroeste da Província de Chubut se uniram e em uma carta aberta e expuseram sua opinião médica sobre a instalação da Megamineração Hidrotóxica no noroeste de Chubut.


Em primeiro lugar, os médicos afirmam que o ser humano em gestação e durante sua etapa de crescimento e desenvolvimento infanto-juvenil é muito mais vulnerável que um adulto. Sendo assim, é necessário que receba mais atenção e cuidados com relação ao ambiente natural que frequenta.

No caso de regiões onde há atividades mineiras, os problemas são inúmeros e de grandes proporções. Além disso, não existe garantia de que estes problemas possam ter sua periculosidade controlada ou suas consequências revertidas.

Buscando alertar o poder público para as graves implicações da megamineração hidrotóxica, os médicos enumeraram alguns dos problemas mais preocupantes.

O primeiro diz respeito ao transporte e introdução de substâncias químicas de alta toxidade e periculosidade, como cianeto, explosivos de vários tipos, sais de chumbo e litargírio. Estes produtos são usados em grandes quantidades e por bastante tempo, agravando ainda mais os efeitos negativos causados por eles.

"Uma vez introduzidos no ambiente, não existe nenhum procedimento de comprovada eficácia que garanta que não ficarão resíduos tóxicos nos solos, na água ou no ar, já que muitos deles fracassaram em vários locais do mundo, e outros ainda não foram suficientemente testados", alertam.

O segundo problema destacado diz respeito ao uso e contaminação da água. Este bem natural é utilizado em grandes quantidades para possibilitar o processo de lixiviação. Com base em um Estudo de Impacto Ambiente feito em 2003 pela mineradora El Desquite para o projeto Esquel, são necessários 1.555.200 litros de água por dia para efetuar os procedimentos químico-industriais. Acredita-se que, na verdade, a quantidade utilizada seja bem maior. A água é retirada de diversas fontes da alta montanha de bacias dos riachos que abastecem parte da população de Esquel e após ser utilizada está definitivamente contaminada.

A água e os demais dejetos tóxicos deveriam ficar confinados longe da população e do meio ambiente, contudo, os médicos denunciam que existem inúmeros casos no país e no mundo em que é tecnicamente impossível garantir o confinamento absoluto e indefinido destes produtos, colocando a população em sério risco de contaminação.

O último problema abordado diz respeito ao posicionamento formal da população de Esquel de não apoiar este tipo de atividade depredadora. Apesar disso, muitos cidadãos/ãs estão sendo iludidos com promessas de emprego em empreendimentos no local, mesmo não havendo previsão para o início de obras. Os médicos repudiam e denunciam as falsas promessas para pessoas em situação de vulnerabilidade social e laboral, já que estas ações mal intencionadas geram tensão e afetam a paz social da comunidade.

"Por todo o exposto é que a Sociedade de Pediatria sede Esquel, o Serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital Zonal de Esquel e os Pediatras da região Noroeste de Chubut declaram seu rechaço a levar adiante projetos de megamineração na região, aplicando o Princípio da Precaução em Saúde Pública, por comprometer seriamente a pureza do solo, dos alimentos e da água em qualidade e quantidade de tal maneira que põe em risco a saúde atual e futura das crianças e adolescentes da área sob sua cobertura".

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