Muitos de seus oficiais experimentados em guerra de guerrilhas estão-se indo para os Emirados árabes a vender-se como mercenários, onde ganham suculentos salários em dólares, enquanto aqui arriscam suas vidas e lhes pagam com migalhas, sublinha um comunicado conhecido aqui.
Soldados, oficiais e suboficiais não querem pôr perigo sua integridade física defendendo os ganhos e o capital de elites promíscuas, aponta o texto da delegação das FARC-EP que particpa nas conversas de paz com o governo.
Não existe Exército -assevera o comunicado- com mais falta de solidariedade frente às famílias dos soldados mortos, feridos ou prisioneiros em combate, que o exército de Colômbia.
As FARC-EP lamentam profundamente todas as mortes em combate, algo que não estaria ocorrendo se o governo não tivesse recusado a trégua bilateral, o armisticio, tantas vezes proposto, assinala o documento.
Uma guerrilha que tem resistido a assimetria em número e tecnologia, a ofensiva contrainsurgente maior que tenha conhecido a história de América, não pode ser uma guerrilha desmoralizada, disse a FARC-EP ao general Sergio Mantilla.
No comunicado o grupo insurgente assegura que os conflitos podem chegar a seu fim através da solução política em uma mesa de diálogo, com o compromisso sagrado de superar as causas políticas, econômicas e sociais que impulsionaram o levantamento armado.