O comitê "Vítimas das Guarimbas" contará ao mundo sua visão sobre os direitos humanos e passará sua experiência dos acontecimentos aos movimentos populares latino-americanos que também marcarão presença na Cúpula das Américas, no Fórum de Sociedade Civil, que terá a participação cidadã entre os temas a serem discutidos.
Reportagem da TV Telesur informa que as vítimas dos protestos da oposição denunciarão as manobras por trás das atividades do comissariado para os direitos humanos da ONU. Um deles é o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que atualmente chefia as investigações sobre a guerra na Síria do Conselho de Direitos Humanos da ONU e, segundo a reportagem, encarregado de casos contra a Venezuela como relator da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos).
O outro é o chileno Claudio Grossman, que defendeu na CIDH um dos relatores do documento que dissolveu os poderes do então presidente Hugo Chávez, no golpe de Estado de 2002 na Venezuela. Atualmente, ele preside a comissão da ONU que estuda os crimes de tortura, e defende o opositor Leopoldo López, preso durante as ações violentas do ano passado. Esse jurista é um dos responsáveis de culpar o governo venezuelano pelos crimes cometidos pela oposição.
Liderados por López, os opositores de ultradireita que protestaram um ano atrás contra o governo democrático bolivariano, nas manifestações que pediam "la salida" do presidente Nicolás Maduro, depredaram e incendiaram prédios públicos, como hospitais e universidades, e assassinaram mais da metade das 43 pessoas que morreram durante os confrontos. As "guarimbas" foram protestos violentos nos quais a oposição utilizou desde armas de fogo até arames farpados que atravessavam as ruas dos bairros nobres de Caracas, que inclusive provocaram a morte por degolação de alguns motociclistas que passaram pelo local.
O comitê das vítimas dessas guarimbas entregará relatórios às autoridades presentes à Cúpula das Américas, que provam a não violação dos direitos humanos contra López no local onde está preso, após ser detido ainda durante os protestos do ano passado.
Em uma insistente campanha golpista contra o governo de Maduro, os grandes meios de comunicação internacionais propagam que o líder da oposição foi detido arbitrariamente e tem seus direitos violados, utilizando-se de organismos internacionais para dar uma falsa credibilidade a essa campanha desinformativa, mentirosa e caluniosa contra o governo popular e democrático da Venezuela.
As principais bandeiras da delegação venezuelana que participará da Cúpula das Américas, nos dias 10 e 11 de abril no Panamá, serão a defesa da soberania do país e a entrega das assinaturas da campanha para que o presidente Barack Obama derrogue o decreto que acusa a Venezuela de representar uma ameaça para os EUA. No último domingo (29), foi informado que essa campanha já conta com mais de 5 milhões de assinaturas, das 10 milhões necessárias, que estão sendo colhidas por todo o mundo.