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reuterstraficopessoasMoçambique - VOA - [Francisco Júnior] A criança fica inconsciente e, quando desperta, não sabe onde está.


Muita preocupação com o tráfico de seres humanos em Mpumalanga, província da vizinha República da África do Sul que faz fronteira com a de Maputo, sul de Moçambique.

Miranda Mlhanga é sul-africana. É ela quem faz a coordenação da equipa multi-sectorial que, na província de Mpumalanga, luta contra o tráfico de seres humanos.

Tráfico, um fenómeno que, segundo ela, está a atingir contornos alarmantes.

Diz Miranda que, em Naas, no Município de Nkomazi, por exemplo, as crianças, durante o dia, dormem nas escolas porque, à noite, vão à prostituição e aquelas que não frequentam a escola são traficadas para outras zonas; que há mulheres e crianças que são levadas de Maputo para África do Sul para serem escravizadas.

Trabalham como empregadas domésticas, fazem trabalho forçado nas farmas, vendem maçaroca nos mercados, são prostituidas e ao mesmo tempo são usadas para o tráfico de órgãos humanos.

E o problema do tráfico humano, tendo como próposito a extracção de órgãos ou partes do corpo, é mesmo um grande drama.

Miranda Mlhanga, coordenadora da equipa multi-sectorial que, na província de Mpumalanga, luta contra o tráfico de seres humanos, a dizer que os curandeiros, ou médicos tradicionais, usam partes do corpo humano para multiplos propósitos.

Curandeiros que acreditam em particular que usando partes do corpo é possível preparar um bom remédio, ou medicamento tradicional. Medicamento que serve para fazer com que as pessoas tenham sorte e consigam ficar ricas.

E acreditam, ainda, que crianças pequenas podem vir a dar boas prostitutas porque elas são o que chamam de "frango fresco", acrescentou Miranda Mlhanga para quem tais práticas constituem um tabu e é muito mau.

A procuradora sul-africana chama ainda a atenção das comunidades para um facto: os traficantes estão agora a usar um esquema; dão boleia às crianças, oferecem-lhes bebidas, sumo, habitualmente.

Só que é sumo que contém droga. A criança fica inconsciente e, quando desperta, não sabe onde está, sendo, depois, traficada e explorada.

Miranda Mlhanga não apresenta dados estatísticos, mas diz que o número de casos, na província sul-africana de Mpumalanga, é muito elevado.

Foto: Reuters


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